Os plásticos como aliados da eficiência de recursos
O plástico, enquanto material versátil que é, veio revolucionar a nossa sociedade de consumo nas mais diversas áreas, como sejam: embalagem, transportes, saúde, eletrónica, construção, entre tantas outras.
Graças à sua versatilidade e inúmeras vantagens, os produtos de plástico oferecem imensas possibilidades de economia de recursos, contribuindo globalmente para a minimização de impactes e custos ambientais.
Fonte: Trucost Plastics and Sustainability: A Valuation of Environmental Benefits,
Costs and Opportunities for Continuous Improvement, July 2016. Costs shown in US Billion dollars.
Vários estudos revelam que a substituição de plásticos por outros materiais alternativos teria um custo ambiental de cerca de quatro vezes superior, com o consequente aumento do consumo de energia, do consumo de água, das emissões de gases com efeito de estufa, do peso global dos resíduos sólidos urbanos, etc...
Fonte: The impact of plastic packaging on life cycle energy consumption and greenhouse gas
emissions in Europe: Executive summary July 2011, Bernd Brandt and Harald Pilz.
De facto, os plásticos são materiais de excelência no que concerne à eficiência de recursos, permitindo a poupança de água, energia e emissões de CO2.
A título de exemplo:
- A implementação de micro-irrigação (micro-rega ou rega gota a gota) no setor agrícola permite poupar entre 30% a 60% de água relativamente aos métodos tradicionais.
- Os plásticos possuem também excelentes propriedades de isolamento térmico, o que ajuda grandemente na melhoria da eficiência energética, reduzindo não só os custos com o consumo de energia, bem como as emissões de CO2.
- A utilização de plásticos no setor da mobilidade e transportes permite menores consumos de combustível. Os benefícios ambientais são evidentes: menos combustível consumido significa menos emissões poluentes.
- Em média, um automóvel tem 15% de componentes plásticos o que permite poupar 750 litros de combustível em 150.000 km.
- Os componentes plásticos num avião diminuem significativamente o seu peso, permitindo poupanças de combustível em cerca de 20%.
Os plásticos são materiais extremamente valiosos, para que sejam abandonados e desaproveitados. A indústria continuará empenhada em inovar e encontrar a melhor tecnologia disponível que permita um maior aproveitamento possível dos resíduos plásticos, os quais sempre foram vistos como um recurso, devolvendo-os ao mercado sob a forma de matérias-primas secundárias com valor acrescentado e qualidade necessária para as atuais e futuras aplicações, contribuindo decisivamente para os princípios da economia circular e sustentabilidade.
O plástico previne o desperdício alimentar
Estima-se que no mundo um terço dos alimentos é perdido ou desperdiçado anualmente. Em Portugal esse desperdício pode chegar a 1 milhão de toneladas por ano.
Quando os alimentos são desperdiçados, perdemos recursos valiosos, incluindo água, terra, energia e trabalho.
O desperdício alimentar é um dos principais problemas que a nossa sociedade enfrenta, e ganha ainda mais relevância atendendo ao seu contributo para as alterações climáticas, em resultado da produção e emissão de gases de efeito estufa.
Adicionalmente é também reconhecido que a produção alimentar tem de aumentar 70% nos próximos 30 anos para fazer face ao crescimento da população mundial.
Ora, os plásticos desempenham também nesta área um papel decisivo, em particular na sua vertente embalagem, contribuindo de forma decisiva para a minimização do desperdício alimentar, através da proteção que conferem aos alimentos, protegendo-os de qualquer contaminação microbiana, reduzindo a deterioração e estendendo a vida útil dos géneros alimentícios.
Serão os pellets de plástico a principal fonte de Microplásticos no ambiente?
Muito se tem falado na temática dos microplásticos (partículas de plástico inferiores a 5 mm), em especial na sua componente de poluição marinha. Mas serão os pellets de plástico (matéria-prima utilizada na produção de artigos de plástico) a principal fonte de microplásticos no ambiente?
Ao contrário do que muitas vezes é veiculado na opinião pública, as principais fontes de microplásticos nos ambientes marinhos são as fibras têxteis e as partículas de borracha dos pneus dos automóveis, representando 35% e 28%, respectivamente. Os pellets de plástico contribuem apenas com 0,3% para este problema, conforme ilustra a figura seguinte:
Fonte: International Union for Conservation of Nature (www.iucn.org)
Independentemente da sua representatividade, todos temos uma certeza, estas partículas não devem acabar no ambiente. A indústria de plásticos está comprometida em prevenir a libertação de pellets para o ambiente, prova disso é implementação de ações concretas, que constam de iniciativas internacionais, como o programa Operation Clean Sweep, , que tem por objetivo a perda de zero pellets para o ambiente.